Archive for Março, 2010

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Universidade Aberta

31/03/2010

Como qualquer outro jovem a atravessar a pacholice imberbe dos 17 anos, o Fernandinho Sapo anda submerso num insonso mar de dúvidas que o afundam levemente no atascadeiro penumbroso do futuro.

Do secundário ao ensino superior é o tempo que o diabo leva a esfregar um olho, e, a meio do caminho, o mancebo ainda não sabe muito bem qual o curso que melhor serve àquilo que quer ser quando for grande.

– Química é a minha perdição e por isso quero entrar numa universidade de referência – diz, numa convicção alucinada, a meio do diálogo que o detém em frente à Praça do Peixe.

– Devias então pensar no Técnico – ajeita o outro, mais velho e conhecedor, numa sábia recomendação.

– Não, eu quero mesmo é entrar numa universidade. O ensino técnico não me contenta.

– Mas o Instituto Superior Técnico é uma faculdade reputada, no país e na Europa. E se dizes que química é a tua perdição… – Voltam a remediar as palavras destras e vívidas do interlocutor.

– Exactamente – interrompe. – Com uma média de resultados nos testes que varia entre o zero e o um, química é a minha perdição. E, se estou perdido com a química, tenho que pensar muito bem no curso que vou tirar.

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E ainda às voltas com os “ésses”

31/03/2010

Imagem: Jornal da Tarde. RTP 1.

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“Tachas munissipais”

31/03/2010

Num país com 308 municípios as probabilidades de uma pérola destas cintilar precisamente naquele em que nasci eram de 0.32%. Porque é que isto tinha que acontecer, porquê, porquê!?

«Eli eli lama sabachthani!?»

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Columbofilia rasca

29/03/2010

Fotografia: S. Sebastião da Mimosa

Quem não tem pombos-correio nem condão para a música erudita, faz odes e cantilenas à rola da prima por pouco menos de 7 €. E isto, num sarau popular,  certamente que faz muita gente soltar a rola em rodopios dançantes.

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Residentes a concelho!

28/03/2010

Fotografia conseguida no condomínio mais hospitaleiro de Lisboa, na Av. João Crisóstomo.

O concelho já tem um nome, uma ordem, uma lei exclamativa em que cada qual tem de prestar contas à colectividade, em nome do bem comum. Há um sistema de justiça fiscal latente, baseado na tributação igualitária das prevaricações à dita ordem e um tesouro comunitário para redistribuição ou investimentos de capital. Sereno, o povo é quem mais ordena! De que está à espera El-Rey para passar a Carta de Foral aos Residentes!?

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Spare time

26/03/2010

Ainda assim, perceber em qual das categorias me enquadro é um exercício demasiado espinhoso…

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Não foi Jorge Jesus quem disse isto

25/03/2010

Imagem: ionline

Mas poderia muito bem ter sido.

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Banca, paga o que deves

25/03/2010

«After all, even deficit hawks acknowledge that we should be focusing not on today’s deficit, but on the long-term national debt. Spending, especially on investments in education, technology, and infrastructure, can actually lead to lower long-term deficits. Banks’ short-sightedness helped create the crisis; we cannot let government short-sightedness – prodded by the financial sector – prolong it.

The financial sector has imposed huge externalities on the rest of society. America’s financial industry polluted the world with toxic mortgages, and, in line with the well established “polluter pays” principle, taxes should be imposed on it. […] Taxes on speculative activity might encourage banks to focus greater attention on performing their key societal role of providing credit

Joseph E. Stiglitz, in Project Syndicate.

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Mark thing: “oprtunidade” de emprego

23/03/2010

Fotografia: Monchique

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Santíssima Trindade

22/03/2010

Não é a primeira vez que o nome de um treinador de futebol dá azo a trocadilhos e jogos de palavras sacripantes,  fundamentando um fanatismo clubístico sustentado pelo dogma da Santíssima Trindade. A parábola da conquista da Taça da Liga narra o misterioso milagre da transformação urdido por Jesus na equipa do Benfica, que, com a graça do [Nuno] Espírito Santo, dedicou a conquista ao pai e criador.