Passaram mais de 12 horas desde que um duo de celerados, com carteira profissional de jornalistas [?], e um ex-jogador de futebol [?], vulgo cepo durante os tempos em que mais não fez que escalavrar os relvados verdejantes do país, se referiu, pedante, depreciativa e escaroladamente aos profissionais de uma instituição desportiva que em muito contribui para o seu vencimento, e ainda não vi qualquer pedido de desculpas formal, quer da parte dos pífios indivíduos em causa, quer da estação de televisão responsável pelo seu recrutamento.
Archive for Julho, 2010
“Sporto TV”
28/07/2010Benfica TV
27/07/2010A dona Hermínia Marques, cuja legenda apresenta justamente o filho, anda desesperada com a vida sedentária e alimentação pouco saudável do rebento. Nesta entrevista, durante o almoço do programa «Em Linha», não se fala das caldeiradas do clube da Luz, dos frangos do Roberto, dos magotes de jogadores que, todos os dias, os pasquins, numa luta canónica pela sua própria sobrevivência, despudoradamente colocam dentro e fora da Catedral. Na reportagem, o filho da Dona Hermínia Marques, apresentado com o mui distinto nome da progenitora, é exortado pela jornalista a comer peixe! E lá continuou o almoço e a emissão, refastelados de carne, que as caldeiradas ainda estarão para vir.
Você decide
27/07/2010Mark thing: pequeno almoço dos campeões
25/07/2010
Seiva
21/07/2010Estive com eles até há bem pouco. Conheci-lhes o último suspiro no roçagar dos derradeiros veios de Sol a enterrarem-se na aragem liquefeita. Sorvi-lhes a seiva que marejava como lágrimas, a arrefecer no tronco e nas pernadas cortadas às rodelas. Quis contar-lhes os anos nas circunferências do caule mas as mordeduras do sarrafaçar torturante da motosserra confundiam os traços da velhice. Para abraçá-los seriam precisas duas ou três envergaduras das minhas, pelo que concluí que teriam entre setenta, oitenta ou mesmo noventa e tal anos. Com uma idade destas, podiam ter conhecido os meus avós que eu não conheci. Reparei que antes lhes despiram as vestes de cortiça e, quem sabe, talvez as tenham sorteado a um agiota qualquer que pesou as arrobas dos canudos para vender a uma fábrica que as transformará depois em rolhas de vinho carrascão ou a martelo. Inspirei-lhes o travo incolor e extenuado do último oxigénio no expirar sufocante da verde palidez das folhas deitadas no lençol modorrento feito de pó, serradura e maravalhas. Veio o último suspiro. Meu, deles, das formigas de rabo azedo, de nós. Luto carregado.
Hoje, na estrada ladeirenta que se estreita até casa, mataram dois sobreiros.
A Língua Portuguesa em África
20/07/2010Está desmistificado o dilema
20/07/2010Não fui eu que disse
19/07/2010“Expetacular”
19/07/2010Mark thing: bivalves
19/07/2010Porque a assinatura dos No Name Boys não se faz apenas nos Estádios e estações de serviço deste país e nem todos eles são rufias ou pelintras.