Archive for Maio, 2011

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O Menino do Mar

23/05/2011

Meia Praia, Lagos. Volta não volta, volto aqui. Ver o tombo salgado das ondas é uma saudade que dá de mergulhar no líquido amniótico do Mundo, onde tudo começou. E só engolfado nuns versos consigo clarear a inconsciência do impulso:

Mar…
Velha inquietação mal resolvida
A banhar
A terra onde se firma a raiz da vida.

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E se o «E Tudo o Vento Levou» e o «Titanic» tivessem sido feitos na Serra de Monchique?

17/05/2011
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Conte connosco – Pedras Queimadas

06/05/2011

A notícia dos vossos votos é muito importante. Como a notícia da descoberta de um novo Planeta. Mas conseguir o vosso voto, quotidiano, renovado diariamente, é como saber que nesse Planeta novo existe vida, igualzinha à nossa, com alma, rugas e cicatrizes.

Reparem: neste momento, foram já 130 as pessoas que gostaram de ler as «Pedras Queimadas». Porém, o conto mereceu apenas 75 votos. E, alguns deles, têm sido simpaticamente renovados todos os dias. Só os votos contam! Tanto para mim, como para vós, uma vez que os votantes também se habilitam a ganhar prémios.

Para votarem, é necessário fazer login (em cima, no canto superior direito diz: “Login with Facebook”). Depois, procurem-me na secção de Escrita e carreguem no botão vermelho por baixo da foto que diz: “votar”.

Só conta um voto por dia. Quanto mais votarem, mais probabilidades teremos de ganhar. Todos.

Curvo-me diante de vós e digo: «Obrigado!»

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Conte Connosco: [um]conto convosco

04/05/2011

Não vos peço para votarem em mim. Seria uma tolice. Peço-vos, sim, de chapéu nas mãos, que leiam, ou tornem a ler, a história das Pedras Queimadas. E, se esta vos tocar docemente, tanto como a mim, retribuam a humildade do aceno com a simpatia do vosso voto.

ADENDA: Se gostarem mesmo muito do texto, e este vos for familiar, como aqueles incautos vizinhos que recorrem à vossa compaixão para pedir um ovo ou um fio de azeite emprestado, passem por lá diariamente e renovem o voto de fé neste vosso serviçal criado.

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Flor de Maio

01/05/2011

Primeiro de Maio.  O dia, miserável, macambúzio, ensimesmado e sem a paisagem atmosférica necessária à sua grandeza, pedia, pelo amor de Deus, um gesto de caridade humana que o bendissesse. Meti-me no carro, galguei à Picota, e fiz o que pude:

No ventre da terra moça, humedecida pelo cio,
O milagre da vida
Aconteceu:
Do chão voluptuoso da Primavera retraída
A flor de Maio rompeu
E floriu.

Fotografia: Picota, Serra de Monchique