Queria que eu mudasse de lentes , que transformasse prantos exasperados em bebedeiras alegres, que comparticipasse na exaltação da flor sedosa do cardo e não no gume afiado dos espinhos:
– Você escreva coisas mais animadas. Saia das trevas. Parece que está sempre a morrer afogado em aguaceiros de desespero!
E não viu as fresas de sol a rasgar um sulco dourado numas nuvens de tempestade e terra preta que planavam sobre as várzeas de São Marcos.