Quando uma cadeia de supermercados o garante implacavelmente, empunha a bandeira da frescura e quase dá a vida de cada um dos seus mosqueteiros pela qualidade dos produtos hortofrutícolas provenientes de modos produção biológica, é bom que seja levada a sério. O selo do controlo de qualidade contínuo dos alimentos vendidos no Intermarché não é nenhum ferrete, é imagem de marca vista, saboreada e ouvida no coaxar alegre das arrãs.
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Eu vi um sapo, desorientado
10/09/2009Meteorologia Doméstica
09/05/2009Depois dos sapos, o pássaro “cavalinho da chuva”, o amolador de tesouras e as dores reumáticas. Todos eles, segundo a minha mãe, prenúncios de tempo chuvoso.
Na Quinta-Feira tive o prazer de ouvir o musicado piar do pássaro, ontem a minha mãe lastimou o reumático que a apoquenta, e hoje, ao saír de casa, encontrei o amola tesouras rua de São Roque acima, empurrando a bicicleta com um passo pachorrento, ritmado pela melodia desafinada a brotar da gaita. Neste momento já a terra foi polvilhada por uma chuva tímida.
Estive eu 4 anos a calcular pontos de orvalho, valores de humidade relativa, gradientes pseudo-adiabáticos, a interpretar cartas sinópticas, a desenhar termo-pluviométricos, entre outras ferramentas de análise e previsão meteorológica, quando a minha mãe, por muito menos, consegue antecipar-se às previsões do estado de tempo.
Já vale a pena…
“Batraquicídio” por negligência
17/04/2009Por estes dias cinzentos, vergados às leis ríspidas da nortada, é frequente encontrar as ruas e estradas das áreas rurais congestionadas de anfíbios, das mais diversas ordens e grupos taxonómicos.
Para a minha mãe, um sapo na rua “adivinha tempos chuvosos”. Talvez seja porque só reparo na presença destes batráquios quando chove, lembrando-me imediatamenta desta lei empírica, começo a ficar cada vez mais inclinado a aceitar este princípio como qualquer outro fundamento de ecologia.
Até hoje os sapos só me têm despertado uma coisa: pavor!!! Conheço a sua importância enquanto predadores naturais de pragas de insectos, contribuindo assim determinantemente para a manutenção do equilíbrio de ecossistemas agro-rurais. Todavia, cruzar-me com um sapo é das experiências mais traumatizantes que tenho vivido. É um medo alienável que não consigo explicar, nem ultrapassar.
Este medo advirá talvez das vezes incontáveis que a minha avó me falou no implacável mecanismo de defesa de que estes seres se encontram munidos: mijam-nos para os olhos, com uma pontaria de fazer inveja ao Trinitá.
Hoje, enquanto me dirigia para casa, reparei tardiamente em qualquer coisa com tamanho e volume suficientes para ser apenas mais um calhau no meio da via, embora demasiado suave ao atrito dos pneus e excessivamente brando à sensibilidade dos amortecedores…
Juro que não foi de propósito! 😦