Ontem, um artigo no Jornal Publico, noticiava o peso cada vez maior da banca nas despesas empresariais consagradas à Investigação & Desenvolvimento. Diz-se por lá que «a metodologia aceite e generalizada na OCDE contabiliza como I&D na banca a análise de risco financeiro, os modelos de risco de crédito e seguros e técnicas relativas ao consumidor.»
Técnicas de análise de risco levianas e pouco rigorosas foram um dos ardis gatilhos premidos pelo sector financeiro, fazendo disparar a grave Crise económica que agora conhecemos, com os efeitos que se experimentam todos os dias, inevitavelmente.
Ou a demência me carcome neurónios com uma voracidade descomunal, ou alguém ainda não se terá apercebido que todos nós, enquanto Estado, estivemos a financiar a infinidade de trapaças dolosas que nos levaram ao pântano onde nos encontramos. E isso é tudo menos Investigação & Desenvolvimento.
Estou convencido. A melhor forma de roubar um banco (e, por conseguinte, o Estado) é sendo seu administrador.